“Iniciaremos um procedimento que demora 24 meses (…). a Venezuela não participará em nenhuma atividade em que se pretenda posicionar o intervencionismo e o ingerencismo de um grupo de países que só buscam perturbar a estabilidade e a paz do nosso país”, disse a governante.

O anúncio da retirada da Venezuela foi feito numa alocução transmitida pela televisão estatal venezuelana, depois de OEA aprovar, hoje, a convocação de uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros para analisar a crise política na Venezuela.

Segundo a ministra, há um grupo de países da OEA que pretendem prejudicar o Presidente Nicolás Maduro e a revolução bolivariana.

“São ações dirigidas por um grupo de países mercenários da política para restringir o direito ao futuro, do povo da Venezuela, o direito a viver tranquilamente”, frisou.

A OEA aprovou hoje uma resolução para convocar, com caráter de urgência, uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros daquele organismo, para tratar da crise venezuelana.

A aprovação teve lugar com 19 votos a favor, 10 contra, quatro abstenções e uma ausência.

Votaram a favor a Guiana, Bahamas, Santa Lucia, Argentina, Barbados, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Honduras, Guatemala, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.

Ao finalizar a votação o embaixador permanente da Venezuela na OEA, Samuel Moncada, condenou a realização da reunião extraordinária, para debater sobre assuntos internos venezuelanos, sublinhando que Caracas não aceitará uma “tutelagem” de nenhum organismo.

Segundo Samuel Moncada, a sessão é um ato hostil contra a Venezuela.

“Não reconhecemos o que se pretende impor. Nós opomo-nos a esta resolução violada e anti-jurídica. Defenderemos a soberania da Venezuela em qualquer circunstância”, disse.

Várias fontes dão conta de que, além de esperar dois anos para sair oficialmente da OEA, a Venezuela deve pagar uma dívida de 8,7 milhões de dólares que tem para com aquele organismo.

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