Segundo Luís Farinha, a ideia da criação daquele centro começou a germinar em 2006, aquando da aprovação do novo regime jurídico das armas e munições, mas “por vicissitudes várias”, nomeadamente de ordem financeira, só agora é que a estrutura vai começar a ganhar forma.

O responsável adiantou que aquele será o 15.º centro do género em todo o mundo.

“Este centro vai colocar Portugal nos circuitos dos bancos de provas CIP [Comissão Internacional Permanente] em termos de certificação e teste de produção de armamento e munições”, sublinhou.

Luís Farinha falava em Viana do Castelo, durante a assinatura de um protocolo entre a PSP e a câmara municipal, pelo qual o município disponibiliza o terreno para a instalação daquele centro, oficialmente designado Banco de Provas de Armas de Fogo e Munições.

O banco vai nascer na freguesia de S. Romão de Neiva, em terrenos contíguos à fábrica belga de armas FN Herstal, responsável pela produção das armas Browning e Winchester.

Trata-se da maior fábrica de armas de Portugal, estando autorizada pela PSP para produzir até 150 mil armas por ano.

“Esta fábrica está a certificar as suas armas na Bélgica, mas em breve poderá passar a fazê-lo aqui”, disse o diretor do Departamento de Armas e Explosivos da PSP, Coelho da Moura.

Para o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, este banco de provas, além de apoiar aquela que foi a primeira empresa a instalar-se na Zona Industrial de Neiva, há cerca de 30 anos, poderá também atrair para o concelho outros armeiros nacionais e estrangeiros.

“É um projeto virtuoso”, referiu o autarca, aludindo ao envolvimento da administração central e local e de uma empresa privada.

O projeto vai ser financiado em 75% pelos fundos comunitários.

“Em 2019, estaremos seguramente a inaugurar o Banco de Provas de Viana do Castelo”, referiu Coelho da Moura.