Referindo em comunicado que os resultados suscitam preocupações, o PCP considera que o “sistema político [francês está] mergulhado numa crise profunda” pelo que “a perspetiva de uma maioria absoluta do partido criado no quadro da eleição de Macron, reconhecidamente um homem de mão do grande capital financeiro, é um mau prenúncio".

Em primeiro lugar, justificam os comunistas, será um mau prenúncio “para os trabalhadores e o povo francês, nomeadamente perante a violenta ofensiva já em curso contra os direitos laborais e os serviços públicos e a pretendida constitucionalização das limitações de direitos e liberdades fundamentais em vigor com o estado de exceção”.

Depois, acrescentam, "pelo anunciado reforço do eixo franco-alemão e das ‘cooperações reforçadas’ visando impor um novo salto nas políticas neoliberais, militaristas e federalistas da União Europeia".

O partido A República em Marcha! venceu a primeira volta das eleições legislativas de domingo em França, com 32,32% dos votos, segundo resultados definitivos divulgados no domingo.

A seguir ao partido do Presidente francês Emmanuel Macron surgem Os Republicanos (direita), com 21,56% dos votos, e a Frente Nacional (extrema-direita), com 13,20%. A segunda volta das eleições legislativas francesas realiza-se em 18 de junho.