“Faço minhas as palavras da União Europeia. Pedimos que não haja nenhuma forma de violência, que as instituições sejam respeitadas, e apelamos à calma de parte de todos aqueles que estão envolvidos num debate político muito aceso interno ao regime do Zimbabué”, afirmou Augusto Santos Silva, questionado pelos jornalistas no parlamento, onde está a ser ouvido esta tarde sobre a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2018.

Quanto aos mais de mil portugueses registados na secção consular da embaixada portuguesa em Harare, o governante afirmou que “tudo decorre na maior normalidade na sua vida profissional e social”.

Hoje de manhã, mencionou, havia “algumas ruas interditas ao trânsito, mas não a peões, mas as escolas estão a funcionar, o comércio está aberto e as questões administrativas salvaguardadas”.

“A vida decorre normalmente do ponto de vista das pessoas comuns”, comentou.

O exército zimbabueano colocou hoje o Presidente, Robert Mugabe, em prisão domiciliária e tomou o controlo da capital, Harare, numa operação visando, segundo indicou, “os criminosos” que rodeiam o mais velho dirigente em exercício do mundo, com 93 anos, e não “um golpe de Estado contra o Governo”.