José Couto Nogueira é jornalista desde os tempos do Antigo Regime e já trabalhou como repórter, colunista, editor, chefe de redacção e director em muitas publicações, entre elas o jornal digital "Alface Voadora", em 1997-2000. Viveu mais de 20 anos em Londres, São Paulo e Nova Iorque, e escreveu quatro livros de ficção e três de não ficção. Está no SAPO24 desde 2015.
Em “Portugal na História, uma Identidade” João Paulo Oliveira e Costa descreve, com clareza e beleza, não a História de Portugal, mas a História dos Portugueses. Porque somos como somos. Foi a propósito desta obra que tivemos uma conversa, infelizmente mais restrita do que os temas do livro proporci
Geográfica, política e culturalmente, não há nações mais díspares. Sempre se ignoraram, mas as realidades da geopolítica actual levaram-nas à mesa das negociações. Os resultados são uma incógnita.
Há histórias de sucesso que são de arrepiar os cabelos. Implicam mudanças radicais de carreira, completa falta de escrúpulos e desprezo absoluto pela vida humana.
Desde que a invasão russa começou, vai fazer em breve um ano, os países da NATO comprometeram-se a ajudar os ucranianos “permanente e incondicionalmente”, mas o fornecimento de armas tem sido objecto de avanços e recuos. A teoria, na prática, é outra.
Quando um príncipe da família real mais badalada e escrutinada do Mundo resolve escrever as suas memórias, a reacção é contraditória: não nos interessa nada e queremos saber tudo.
Mal eclodiu a “baderna” em Brasília, neste dia 8 de Janeiro, os comentadores apressaram-se a compará-la com os acontecimentos de 2021 em Washington. Mas não se pode confundir alhos com bugalhos.
Nestes tempos de progresso tecnológico exponencial, todos os anos surgem novos conceitos que é preciso saber, para não cair na terrível classificação de “bota de elástico”.
Há anos que passam e não se dá por eles. Acontece sempre muita coisa, mas nada que deixe marcas. Tempos depois, parece que nunca existiram. Será o caso deste?
Como espectáculo, o futebol é uma maravilha que enleva multidões. Como negócio, é o exemplo mais acabado de todas as aldrabices e injustiças deste mundo. Só não vê quem não quer ver.
Com a derrota presidencial de Jair Bolsonaro e o país profundamente dividido, esperava-se um golpe militar, uma revolução, ou, inversamente, uma transição relativamente pacífica. Afinal a situação é muito mais complicada.
O Twitter pode não ser a maior rede social do universo, mas tem um peso político superior aos seus concorrentes. As trapalhadas do novo dono, Elon Musk, estão a ter efeitos inusitados, que põem em causa até a sua sobrevivência.
Wilson-Lee nasceu no Quénia, estudou na Suíça e passou por universidades um pouco por todo o mundo — de Nova Iorque ao México — até se tornar professor de literatura medieval e renascentista no Sidney Sussex College, em Cambridge. E foi no Renascimento que encontrou dois portugueses cujos nomes todo
Tanto os países que odeiam tudo o que é norte-americano, como aqueles que dependem dos Estados Unidos para sobreviver, seguem com ansiedade uma competição que, em última análise, depende de uma nação dividida por fracturas inexoráveis, com votantes cuja ignorância e motivações são maioritariamente a
O conceito grego de democracia (“demos”, povo, e “kratos”, poder) foi proposto pelos pensadores modernos no século XVIII e tornou-se uma proposta generalizada no século XIX. Hoje é uma ideia universal, mas a prática tem-se mostrado muito mais complicada.
Como previsto, o 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês, reunido em Pequim entre 16 e 22 de Outubro, consagrou o Secretário Geral como líder da China para eternidade, uma mudança com implicações à escala planetária.
As redes sociais de cariz político declarado são o novo fenómeno, para ultrapassar a moderação que as redes tradicionais tiveram de introduzir. Por ora o seu alcance é reduzido, mas não se sabe onde irão parar.
Empossada há apenas pouco mais do que seis semanas, a nova primeira-ministra britânica vai de desaire em desaire. Até o rei Carlos III, que não devia exprimir-se, já mostrou o seu enfado.
Desde 1962 que não se esperava um conflito à escala mundial e, muito menos, uma guerra nuclear. O trauma das bombas de Nagasaki e Hiroshima, em 1945, permanecia vivo, mesmo entre os líderes dos países que têm essa capacidade. Nestas últimas semanas, a situação mudou.
Discute-se muito as presidenciais de domingo, mas debate-se apenas se Lula vai ganhar no primeiro ou no segundo turno. No entanto, há outros candidatos que, mesmo sem hipóteses, merecem atenção. O mais importante é Ciro Gomes.
Energia (com E grande) quer dizer petróleo, gás e electricidade. Quer dizer conforto e, em última instância, sobrevivência. Quando a produção e distribuição de Energia entram em crise, nem é o “projecto europeu” que está ameaçado, é a própria Europa.
O embaixador Bernardo Futcher Pereira dedicou mais de dez anos a estudar a política do Estado Novo, usando sobretudo, mas não unicamente, a vertente diplomática do regime. O resultado é uma análise tão sóbria quanto brilhante do ditador que nos impôs a sua visão do mundo, publicada em três livros, “
Ontem, a meio da tarde, finou-se pacatamente Isabel II, rodeada pelos seus, em paz com a vida e o mundo. Mas não foi apenas Elizabete Alexandra Maria que morreu. Simbolicamente, acaba também o paradoxo do monarca que vive na opulência para consolar e alegrar os seus súbditos.