Há 10 anos nasceu no Seixal uma nova academia de futebol: a Caixa Futebol Campus.  A academia do Benfica, ou a “menina dos olhos” de Luís Filipe Vieira, completa hoje uma década de existência e deixa a sua marca na cronologia do clube da Luz como autora de uma nova era.

Até 2006 os casos de sucesso das camadas jovens encarnadas eram escassos, Rui Costa era a imagem maior da formação do final do século XXI. O Sporting era potência senhora e dominadora, não só em Portugal, mas também na Europa.

Hoje o paradigma é diferente. A Caixa Futebol Campus foi crescendo e o seu contributo para as seleções de formação foi aumentando. Neste momento, há escalões em que a ‘marca’ Benfica está bem latente, chegando em alguns casos a ‘bater-se’ de igual forma com o contributo da formação dos leões.

Em 10 anos do Seixal até à Luz viajaram 19 jogadores para a equipa principal, um número que teve um grande impulso no último ano com a nova política de gestão da equipa B feita por Rui Vitória. Ederson Moraes, Lindelöf, André Horta, Gonçalo Guedes e José Gomes são as imagens do Caixa Futebol Campus que atualmente se espelham na Luz, palco maior do futebol encarnado.

Depois há os casos que se tornaram mediáticos pelas suas transferências, algumas envoltas em polémica, e que geraram grandes quantias que geraram mais de 100 milhões aos cofres da Luz. Falamos de Ivan Cavaleiro, João Cancelo, Bernardo Silva, Oblak, André Gomes e Renato Sanches.

Outros nomes mais antigos, produtos da formação, não são também esquecidos. Jogadores  como Miguel Vítor, Romeu Ribeiro, David Simão, Luís Martins, Roderick, Hélder Costa, Nélson Oliveira, João Teixeira e Nuno Santos, foram alguns dos primeiros a dar o salto para equipa principal e a mostrar cá para fora que no universo benfiquista estavam a ocorrer mudanças.

Neste 10º aniversário do centro de formação encarnado, o SAPO24 construiu um onze com as que considera ser as maiores 'pérolas' saídas do Seixal.

Um novo paradigma

Essas mudanças estratégicas têm sido assumidas pelo presidente que ambiciona que o Seixal seja o principal ‘mercado’ do Benfica. O desejo de crescer na formação tem levado a avultados investimentos no centro de estágios para que o crescimento seja mais rápido e melhor.

Luís Filipe Vieira nunca assumiu os resultados da formação do Sporting como um objetivo a alcançar e a superar,  mas é natural que o centro de estágios com melhores resultados a nível da formação seja uma motivação para o Seixal crescer e superar-se. No entanto não esqueçamos, a fasquia está alta. Em Alcochete já há duas bolas de ouro…

A pouco e pouco o Seixal vai-se também afirmando no panorama mundial. A formação do Benfica está neste momento espalhada um pouco por toda a Europa, tendo mesmo figuras de destaque nas maiores ligas europeias. Em 2015, o Caixa Futebol Campus recebeu o prémio Best Academy of the Year (melhor do ano), no Dubai.

Para além disso, o centro de estágio coincidiu ainda com um aumento de títulos nas camadas jovens, que contabilizam 51 troféus nacionais e distritais nas diferentes categorias. Isto além de quatro títulos de campeão nacional da equipa principal, aos quais se juntam uma Taça de Portugal, duas Supertaças e seis Taças da Liga.

NOTA: O SAPO24 utilizou a norma da UEFA para definir o que é, ou não, um jogador formado no clube. O regulamento diz que um jogador da formação é “Aquele que, com idade entre os 15 anos (ou no início da época em que completa os 15) e os 21 anos (ou no final da época em que completa os 21) foi registado pelo clube actual por um período, contínuo ou não, de três temporadas completas ou 36 meses. Isto independentemente da sua nacionalidade e idade.