Em comunicado, os ‘encarnados’ consideram que existe um “grave clima de coação, intimidação e declarações públicas ofensivas quase diárias” sem tomadas de posição da FPF.

Para o Benfica, há “uma inequívoca dualidade de critérios da justiça desportiva, até hoje não contestada, em que só os processos que envolveram o Sport Lisboa e Benfica (Luís Filipe Vieira, Rui Costa e Rui Vitória) conheceram uma decisão célere e penalizadora, em contraponto com uma total ausência de decisões sobre outros processos, alguns bem mais antigos, que envolvem outras instituições e agentes desportivos por factos de reconhecida enorme gravidade”.

O Benfica considera que “não tem sido devidamente respeitado e não é aceitável a continuação deste clima de impunidade”, tendo sido “ultrapassados todos os limites de tempo razoáveis para se aguardar por decisões (quaisquer que elas sejam) e não existindo qualquer explicação”.

“Chegou o momento de publicamente demonstrar e expressar a sua indignação, justificando por esse motivo a ausência de representantes institucionais do clube no evento hoje realizado. O Benfica não aceita este estado de total anarquia, de vale tudo em que se está a transformar o futebol português, tornando-se exigível que a lei seja cumprida de forma transparente e que exista uma justiça igual para todos”, lê-se.

As ‘águias’ referem que “existem factos que resultam de ameaças, insinuações e insultos públicos que só foram objeto de abertura de processos após as competentes participações disciplinares efetuadas pelo Sport Lisboa e Benfica”.

“São factos comprovados, muito preocupantes, que fazem lembrar um regresso a um passado de triste memória e como tal o silêncio não é mais aceitável, tornando exigível que a Federação Portuguesa de Futebol e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional assumam de uma forma clara e transparente as suas obrigações”, considera o Benfica.

Em conclusão, os ‘encarnados’ dizem que são “o futuro, a transparência e a sã convivência do futebol português que estão em causa”.