De acordo com a agência de notícias Efe, o impacto que pode ter no desporto espanhol a situação política na Catalunha irá concentrar os debates na segunda-feira, bem como o financiamento dos Jogos do Mediterrâneo, no próximo ano em Terragona.

Estes Jogos do Mediterrâneo já foram atrasados de 2017 para 2018 devido à falta de financiamento.

O autarca de Tarragona, Josep Félix Ballesteros (PSC), perdeu na quarta-feira a maioria absoluta de que dispunha na assembleia municipal, após o abandono do pacto com o PSC e PP por um conselheiro da antiga União Democrática da Catalunha (UDC), em protesto contra “o uso indiscriminado da violência” pelas forças de segurança.

Outra das controvérsias que envolve a realização dos Jogos do Mediterrâneo é a participação do Kosovo, cuja independência não é reconhecida por Espanha, mas sim pelo Comité Olímpico Internacional (COI), pelo que os seus atletas podem competir sob a própria bandeira nas competições por si organizadas.

Vários atletas, das mais variadas modalidades, olímpicos e não-olímpicos, falaram nos últimos dias a favor e contra a independência da Catalunha e também expressaram a sua opinião sobre os incidentes ocorridos no domingo passado em torno do referendo catalão.

No passado domingo, e apesar da repressão policial, 42 por cento dos 5,3 milhões de eleitores catalães conseguiram votar num referendo sobre a independência da Catalunha e, de acordo com a Generalitat, 90 por cento votaram favoravelmente.

A consulta popular foi agendada pela Generalitat, dominada pelos separatistas, tendo o Estado espanhol, nomeadamente o Tribunal Constitucional, declarado que a consulta era ilegal.

A intervenção policial para impedir a realização do referendo fez 893 feridos, segundo as autoridades regionais.

A marcação de uma reunião de emergência do executivo quebra a agenda habitual do COE, que normalmente só reúne a cada 30 dias e na última terça-feira de cada mês. O último encontro do comité executivo do COE ocorreu em 26 de setembro.