“Trabalhei com o Markovic um ano [na época 2013/2014, no Benfica]. Quando surgiu a oportunidade de vir para o Sporting, eu e o presidente falámos. O Markovic já não jogava há um ano e meio. Fez meia dúzia de jogos no Fenerbahçe e lesionou-se. Teve alguma dificuldade de apanhar a velocidade e a ideia da equipa”, analisou o treinador dos ‘leões’.

Para o técnico, o sérvio, que esta semana deixou o Sporting para ir jogar até ao final da temporada no Hull City, treinado por Marco Silva, teve outro problema.

“O Gelson estava a fazer um campeonato espetacular, do outro lado o Bryan também. Estes problemas fizeram com que não se afirmasse. Veio de uma equipa grande, o Liverpool, a pensar que jogava. Não jogou, não digo que se tenha desmotivado, mas percebeu que não jogava e que era melhor procurar outro caminho”, completou.

Na entrevista ao canal do clube da Alvalade, Jorge Jesus voltou a frisar que abandonar o Sporting está “fora de questão” e negou qualquer incompatibilidade com o presidente Bruno de Carvalho, salientando que os dois têm uma boa relação de trabalho.

O técnico recusou-se também a atirar a toalha quanto à aspiração de ser campeão nacional, prometendo que, “enquanto matematicamente for possível”, o Sporting vai continuar a acreditar e apoiou-se nos erros de arbitragem para explicar os dez pontos de desvantagem para o Benfica, que lidera a I Liga.

“Vim para o Sporting para ser campeão. Podia ter sido no primeiro ano, este ano não estamos a disputar o primeiro lugar, mas estamos a correr de baixo para cima. Não estamos a passar um bom período, por algumas culpas nossas, mas sobretudo de outra equipa, que nos colocou duvidosos. Quando hoje não ganhamos, os adeptos também duvidam de nós. E isso cria instabilidade. Temos que continuar a acarinhar os jogadores, porque é com eles que vamos sair daqui”, defendeu.

Jesus mostrou-se ainda favorável à introdução da tecnologia do vídeo árbitro, considerando que caso esta já estivesse em funcionamento a situação pontual dos ‘leões’, quartos classificados do campeonato nacional, com 35 pontos, seria diferente.