Portugal vai estar na Taça das Confederações, prova que se disputa na Rússia, no mês de junho e julho. Para Roberto Carlos, que esteve à conversa com Juan Ignacio Gallardo, jornalista espanhol da “Marca”, Portugal está entre os favoritos à vitória. “Tem uma equipa habituada à competição de alto nível”, sublinha, elogiando não só Cristiano Ronaldo, mas também Fernando Santos, selecionador.

México e Rússia são os outros candidatos. “Os russos estão a começar a entender a importância desta competição”, afirmou Roberto Carlos durante a sua apresentação no Football Talks, evento organizado pela Federação Portuguesa de Futebol e que decorre no Centro de Congressos do Estoril.

E nesta competição que serve e deve ser encarada como preparação para o Mundial, o embaixador do Real de Madrid e, por muitos, considerado como o melhor defesa esquerdo de todos os tempos, torce por Portugal. “Merece”, remata.

Numa competição em que podem entrar jogadores menos conhecidos em detrimento das principais figuras, o ex-internacional brasileiro foi rápido na resposta. “O torneio é para grandes jogadores e eu quero ver Ronaldo jogar. Mas os menos conhecidos vão ter oportunidade”, assegura.

Tendo treinado na Rússia, Roberto Carlos fala com experiência própria. “O russo ama futebol. Os estádios são modernos, a gastronomia é excelente. Será uma das melhores Taças, de certeza. Os russos não fazem serviços mínimos”, garante, estando bem preparados para acolher o Campeonato do Mundo, em 2018. E por falar em Mundial, o famoso pé esquerdo da “canarinha”, inclui Portugal, Itália, Espanha, Inglaterra e Argentina no lote de favoritos. “E tem sempre uma surpresa de África ou da Ásia”, relembra.

Um Brasil renovado e um futebol mais físico

Roberto Carlos foi campeão do mundo pelo Brasil (2002), venceu uma Taça das Confederações e duas Copas América.

O primeiro título foi exatamente a Taça das Confederações. Em 1997. “Era uma equipa de amigos. O ambiente antes e depois do jogo era maravilhoso. E depois era fácil aplicar talento”.

Saltando para o presente elogia o trabalho levado a cabo pelo atual selecionador brasileiro, Tite (Leonardo Bachi). “O Brasil melhorou e o novo treinador reorganizou a equipa, o que agrada ao torcedor”.

E sobre o futebol de hoje? “Hoje estuda-se mais e é mais a parte física”, adiantou. “Oitenta por cento dos golos são de bola parada”, reforça.

Alex Telles é um fenómeno. Jonas pode regressar e Ederson estrear-se

À margem da do fórum do Football Talks, perante as perguntas dos jornalistas, Roberto Carlos, perante as perguntas dos jornalistas, abordou três compatriotas seus unidos pela seleção brasileira.

Jonas, atacante do Benfica pode ter nova oportunidade na seleção da canarinha. “Com a idade, com a experiência que tem e se continuar a fazer golos aqui [em Portugal] ...”.

Não representou ainda a seleção brasileira, mas poderá fazê-lo. O Alex (lateral esquerdo do Porto), é um fenómeno. Não é o Roberto Carlos, mas é muito bom”, gracejou.

Por último, quem já lá está, é Ederson, guarda-redes das águias, pelo menos na convocatória da seleção orientada por Tite. “Vem demonstrando no Benfica” o seu valor, mas “ainda pode melhorar mais", acredita.

Por fim, Ronaldo e o comparativo com o seu compatriota Neymar, cada um a representar as suas duas equipas (Real de Madrid e Brasil), tendo a Bola de Ouro como métrica. “O Cristiano continua a disputar e vai sempre tentar ser o melhor do mundo e o Neymar vai ter o momento dele, porque Messi e o Ronaldo estão a jogar a um alto nível. O Neymar entra na luta", finalizou.

A conferência da Federação Portuguesa de Futebol, as Football Talks 2017, decorrem até ao dia 24 de março no Centro de Congressos do Estoril. Veja o acompanhamento diário do SAPO 24 aqui.