Nas “previsões económicas intermédias de inverno” hoje publicadas – e nas quais passam a constar apenas dois indicadores económicos, a variação do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação -, Bruxelas revê em alta relativamente às suas projeções de outono (em novembro passado) o crescimento registado em 2017, bem como aquele esperado para 2018 e 2019, considerando que tal confirma “a passagem da fase de retoma económica à fase de expansão”.

De acordo com os novos números do executivo comunitário, em 2017 o PIB cresceu afinal 2,4% tanto nos países da moeda única como na UE a 28 (no outono projetava crescimentos de 2,2% na zona euro e 2,3% no conjunto da União), estimando Bruxelas que o crescimento económico atinja os 2,3% em 2018 e os 2,0% em 2019, tanto no espaço monetário único como na UE, quando em novembro previa valores de 2,1 e 1,9%, respetivamente.

Segundo a Comissão Europeia, “esta melhoria das perspetivas resulta, por um lado, de uma melhor dinâmica conjuntural na Europa, onde a situação dos mercados de trabalho melhora e a confiança económica é particularmente elevada, e, por outro lado, de uma recuperação mais vincada do que o previsto da atividade económica mundial e das trocas comerciais internacionais”.

Bruxelas considera que os riscos em torno das suas previsões económicas “permanecem globalmente equilibrados” e o crescimento económico “poderá mesmo ultrapassar as projeções no curto prazo, como indica o nível elevado de confiança económica”.

Quanto a riscos negativos, a Comissão aponta que a “incerteza em torno das negociações sobre o ‘Brexit’ continua presente”, referindo-se também às tensões geopolíticas e à tendência para o protecionismo.

Relativamente à inflação, a Comissão Europeia antecipa que esta se mantenha “moderada” e sem grandes variações, apontando que a taxa de inflação na zona euro atingiu os 1,5% em 2017 e deverá manter-se neste valor em 2018, subindo ligeiramente em 2019, para os 1,6%, influenciada sobretudo pelos preços da energia.

A Comissão Europeia voltará a publicar previsões económicas em maio, as chamadas “previsões da primavera”, que, assim como as de outono, incluirão todos os principais indicadores macroeconómicos, enquanto as intermédias, de inverno e verão, contemplam apenas crescimento económico e inflação, argumentando Bruxelas que assim as suas projeções ficam em linha com as de outras instituições, como o Banco Central Europeu (BCE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

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