O projeto pretende levar as empresas da região de Coimbra e da região Centro "a estarem numa plataforma de comércio eletrónico ‘B2B' (empresa para empresa) e preparada para ‘B2C' (empresa para cliente)", por forma a aumentar as vendas nacionais no mercado chinês, explicou o presidente da NERC, Horácio Pina Prata, que falava aos jornalistas antes da cerimónia de assinatura de um protocolo de cooperação com a Câmara de Cooperação e Desenvolvimento Portugal - China.

A iniciativa, com um financiamento de fundos comunitários de cerca de 300 mil euros, garante às "empresas portuguesas mais uma ferramenta" para vender na China, sem terem que se deslocar até àquele país para fazer um negócio, sublinhou.

Com "China à distância de um clique", a NERC quer ainda "capacitar as empresas" para elegerem os produtos que terão maior procura naquele mercado, referiu Horácio Pina Prata.

Segundo o responsável, o setor agroalimentar, o setor farmacêutico e o dos moldes, bem como o ‘cluster' tecnológico presente na região de Coimbra, são algumas das áreas com maior potencial de exportação para a China.

A plataforma vai ser implementada entre março e junho de 2018 e já conta com cerca de 30 empresas interessadas em aderir à iniciativa, que, apesar de se focar na região Centro, também está aberta à integração de empresas de outras zonas do país, aclarou.

O objetivo da NERC passa agora por fazer ações de promoção da plataforma para 100 empresas, para atingir um objetivo mínimo de 20 firmas a fazer negócio na plataforma.

De acordo com Horácio Pina Prata, a projeto pretende que as empresas que adiram à plataforma possam registar pelo menos 5% do seu volume de negócios no mercado internacional no mercado chinês.

O presidente da Câmara de Cooperação e Desenvolvimento Portugal - China, Ping Chow, presente na sessão, sublinhou que a ideia é "inovadora", mas que para singrar não basta ter apenas 20 empresas na plataforma.

"Se for lançada apenas com umas empresas e uns produtos não chega lá, porque há uma competitividade muito grande. O resultado para 20 ou para 100 [empresas] é totalmente diferente", notou o responsável, considerando que se tem de apostar muito na divulgação e promoção da plataforma na China de forma que esta seja utilizada.

Apesar das dificuldades, Ping Chow realçou que olha com interesse para a ideia, que terá agora na Câmara de Cooperação e Desenvolvimento Portugal-China um parceiro.