“Há um ano atrás tínhamos quatro milhões de euros de apoio às empresas no Portugal 2020 e hoje já ultrapassámos os 400 milhões de euros (…); o último número que tenho já vai em 405 milhões”, afirmou Pedro Marques.

O ministro falava em Proença-a-Nova, distrito de Castelo Branco, no final de uma visita que realizou às futuras instalações da Procerâmica, empresa de cerâmica de mesa que está a instalar-se no Parque Empresarial de Proença-a-Nova, investimento que está a ser apoiado pelos fundos comunitários.

Durante a visita, que está enquadrada num conjunto de deslocações que alguns membros do Governo hoje realizam para assinalar o primeiro ano desde a tomada de posse, Pedro Marques garantiu ainda que até final do ano serão pagos “pelo menos 450 milhões de euros do Portugal 2020″ na componente de apoio ao investimento privado.

Classificando o valor de candidaturas apresentadas em 2016 (mais de seis mil milhões de euros) como “absolutamente record”, o ministro salientou a importância destes apoios para a criação de postos de trabalho e referiu que quando o investimento já aprovado estiver totalmente realizado deverá traduzir-se em 25 mil postos de trabalho no país.

Relativamente aos fundos para as autarquias e questionado pela Lusa sobre o documento que é subscrito por oito comunidades intermunicipais e que aponta os atrasos na aprovação dos avisos de candidaturas e os “sistemáticos incumprimentos na calendarização”, Pedro Marques disse que percebe a “angústia” dos autarcas, reiterou que quando o atual Governo tomou posse “não havia para o investimento de natureza territorial um único aviso de candidaturas disponível” e vincou que essa situação já foi corrigida.

“Hoje já temos naquilo que são os investimentos a que as câmaras se podem candidatar mais de dois mil e 500 milhões de euros de investimentos a que se podem candidatar”, apontou.

Já no que diz respeito à reivindicação do distrito de Castelo Branco relativamente à concretização do IC31 que permitiria a ligação a Espanha, o ministro não se comprometeu.

“Com realismo tenho de dizer às pessoas que um investimento dessa natureza não se pode fazer sem apoio dos fundos comunitários. Não temos recursos nacionais que nos permitam fazer um investimento dessa natureza”, afirmou, lembrando que no Portugal 2020 não ficaram fundos previstos para o apoio à rodovia.

Por outro lado, repetiu a promessa que já tinha deixado em julho na Covilhã de que até ao final do ano será lançado o concurso para a requalificação da Linha da Beira Baixa, no troço que liga Covilhã à Guarda e que está atualmente desativado.