“Estou seguro de que quem investiu vai ser recompensado a prazo”, afirmou hoje Nuno Amado, referindo-se aos investidores que acorreram ao aumento de capital realizado em fevereiro, num montante superior a 1,3 mil milhões de euros.

Nuno Amado destacou ainda que 40% capital do banco está nas mãos de clientes do retalho, nomeadamente portugueses, isto apesar de duas empresas estrangeiras (Angola e China) serem os maiores acionistas do banco.

“Temos um bloco de acionistas do retalho português muito relevante que é importante assinalar”, afirmou.

O BCP realizou em fevereiro um aumento de capital de 1,33 mil milhões de euros, que foi totalmente subscrito, tendo o grupo chinês Fosun, que já era o principal acionista desde final de 2016, reforçado a sua posição para 23,92%, ainda assim abaixo dos 30% a que poderia chegar.

Já a petrolífera angolana Sonangol, segundo maior acionista do BCP, reforçou apenas ligeiramente, passando de 14,87% para 15,24%.

A operação de aumento de capital do BCP visou sobretudo o reembolso total da ajuda estatal concedida em 2012, tendo o banco já pago os 700 milhões de euros que faltavam (referentes aos chamados ‘CoCos’), assim como a melhoria dos rácios de solvabilidade.

O banco disse hoje que, após o pagamento da dívida ao Estado, ficou com um rácio de solvabilidade ‘CET1 fully implemented’ (já com regras totalmente executadas) de 11%.

O BCP apresentou hoje um resultado líquido de 23,9 milhões de euros no ano passado, um recuo de 89,8% face ao lucro de 235,3 milhões de euros em 2015.

Este resultado significa que o banco teve um último trimestre de 2016 “bastante mais favorável do que nos trimestres anteriores”, realçou o presidente do BCP, Nuno Amado, na conferência de imprensa de apresentação das contas de 2016, em Lisboa.

O responsável salientou que o BCP conseguiu um resultado “positivo em 24 milhões de euros, não obstante o reforço muito importante de [constituição de] imparidades”, no montante de 1,6 mil milhões de euros” e “com uma evolução claramente favorável excluindo itens não habituais”.

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