Numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae Sierra refere que esta diminuição dos lucros "deve-se sobretudo à diminuição do resultado indireto, que nos primeiros nove meses de 2016 contou com o impacto favorável da abertura do ParkLake, na Roménia".

No entanto, o desempenho dos resultados indiretos, que incluem as valorizações dos centros comerciais detidos, "foi parcialmente compensado pelo aumento das margens nos serviços e pelo resultado direto do 'portefólio' da empresa no Brasil".

Assim, o resultado direto da empresa, que detém 48 centros comerciais com um valor de mercado de 7.000 milhões de euros, teve um resultado direto de 45,2 milhões de euros até setembro, mais 12% em termos homólogos.

Já o resultado indireto foi de 32,5 milhões de euros, uma quebra de 38% ou 19,8 milhões face aos primeiros nove meses do ano passado, "devido sobretudo à diminuição dos ganhos realizados".

Em termos operacionais, as vendas dos lojistas cresceram 7,8% na Europa (tendo aumentado 7% em Portugal e 9% em Espanha) e subiram 7,7% no Brasil.

Quanto ao acesso a financiamento, a Sonae Sierra indica que, entre janeiro e setembro, contratou para as suas subsidiárias novos empréstimos bancários no valor global de 730 milhões de euros "com condições de financiamento favoráveis".

O custo médio da dívida da empresa é de 3,6%, ou seja, "menos 0,4 pontos percentuais do que em 2016", sendo que, excluindo o Brasil, o custo médio da dívida seria de 2,9%.