"Temos de deixar o Governo e os sindicatos negociarem", sublinhou a deputada bloquista Mariana Mortágua, sustentando que o seu partido "não se sobrepõe à negociação com os sindicatos".

De todo o modo, prosseguiu, "se não for encontrada uma solução que cumpra em pleno os critérios da proposta" de alteração do Bloco de Esquerda ao Orçamento do Estado para 2018, o partido avança com a mesma para o debate e votação na especialidade.

"A posição de princípio é que os anos têm de ser todos contados", considerou Mariana Mortágua, antes de elogiar os sindicatos pela "sensatez de dizer que queriam negociar" com o executivo.

Antes, o líder parlamentar do PCP assumiu que o partido vai apresentar uma proposta de alteração ao Orçamento para 2018 relativa ao descongelamento das carreiras na Administração Pública, frisando também que todo o tempo deve contar.

Antes, o ministro das Finanças, Mário Centeno, indicou que quase 50% dos professores vão ter progressões na carreira e mais de 7.000 recém-contratados vão ser colocados nos escalões previstos em 2018, medidas que vão custar mais 115 milhões de euros.

Também hoje, o primeiro-ministro, António Costa, numa cimeira em Gotemburgo, Suécia, afirmara que se "confundiram duas questões a propósito da questão dos professores", sendo que esta é "nova" e "muito difícil", sobretudo pelo seu impacto nas contas públicas, e escusou-se, por isso, a adiantar calendários.

"Esta discussão é uma discussão nova, muito difícil, pelo seu impacto financeiro, pela repercussão que tem noutras carreiras e, portanto, requer tempo e discussão, o que não é compatível com este Orçamento de Estado para 2018, nem há condições financeiras em 2018 para lhe dar resposta", disse.