Sofia Colares Alves falava em Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra, no final de uma visita à empresa de cerâmica Dominó, apoiada no âmbito do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos e que exporta 65% da sua produção para 60 mercados no estrangeiro.

"A Dominó é o exemplo do que gostaríamos de ter pelo país fora. Foi uma empresa que através do apoio da União Europeia conseguiu recuperar uma indústria tradicional, que sofreu momentos de crise, e conseguiu renovar-se, inovar, expandir-se para mercados e, sobretudo, encontrar novos produtos que dessem resposta a novas necessidades", sublinhou aos jornalistas.

O apoio concedido à Dominó é, segundo a chefe da representação da Comissão Europeia, "um exemplo do que é estar perto das pessoas e do efeito concreto na sua vida".

"Às vezes a União europeia é vista como um projeto muito distante e isotérico e as pessoas não têm consciência que isto as afeta, está presente no seu dia a dia. A Dominó, através do seu efeito multiplicador e de valor acrescentado, é um exemplo de como a União Europeia conseguiu apoiar um projeto que criou mais emprego, mais crescimento económico", frisou.

Com cerca de 180 trabalhadores, a Dominó faturou 15,3 milhões de euros em 2016 e, em 20017, espera aumentar o volume de faturação em 10%, de acordo com João José Xavier, administrador da empresa.

Aos jornalistas, a representante da CE, Sofia Colares Alves, adiantou que, devido ao seu sucesso na Europa, está a ser negociado um aumento do Plano Juncker de 300 para 500 mil milhões de euros, que terão de ser utilizados até 2020.

O Plano de Investimentos para a Europa, conhecido por Plano Juncker, pretende incentivar o investimento na economia europeia, de forma a fomentar a criação de emprego, o crescimento económico e reforçar a capacidade de produção e de infraestruturas.

Os apoios são concedidos pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos criado pela Comissão Europeia e Banco Europeu para o Investimento.

Nos 13 projetos apoiados até à data em Portugal, 665 milhões de euros foram financiados pelo Banco Europeu para o Investimento.

Sofia Colares Alves adiantou que vão ser realizadas mais iniciativas em Portugal para aproximar e divulgar as vantagens da UE para as pessoas, considerando que, atualmente, existe essa necessidade de "chegar diretamente ao cidadão comum".