“Why Portugal? Why Now?" (Porquê Portugal? Porquê Agora). Este é o mote da iniciativa que junta o Executivo, a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), o Global Shapers Lisbon Hub (organização criada no âmbito do World Economic Forum), e a APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição) num evento paralelo aos encontros de Davos, na Suíça.

Os organizadores querem responder aos investidores de topo que marcam presença nos encontros do Fórum Económico Mundial, num almoço de trabalho exclusivo a interlocutores-chave, no dia 24 de janeiro, e que contará com a presença primeiro-ministro António Costa, do Ministro das Finanças e Presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral e do Presidente da AICEP, Luis Castro Henriques. O objetivo é passar "uma mensagem clara sobre Portugal enquanto destino privilegiado para o investimento".

De acordo com o comunicado enviado pela AICEP ao SAPO24, esta é "uma oportunidade única para demonstrar, junto de um grupo de decisores, investidores e opinion makers, que Portugal é uma localização ideal para investimento". O evento pretende ainda "mostrar as vantagens competitivas do país, ao mesmo tempo que se projeta a imagem do Portugal atual", refere a nota.

António Costa com agenda preenchida

O primeiro-ministro estará entre terça e sexta-feira no Fórum Económico Mundial, em Davos (Suíça), com o objetivo de salientar o percurso de recuperação financeira do país e colocar Portugal "na primeira linha" de prioridades dos investidores mundiais, disse fonte do Executivo à Lusa.

Para além do evento acima referido, no final da tarde de quarta-feira, António Costa estará presente na qualidade de convidado no "Web Summit reception" - uma iniciativa promovida pelo cofundador e presidente executivo deste evento, o irlandês Paddy Cosgrave.

Costa em Davos para pôr Portugal “na primeira linha” dos investidores mundiais
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Na quinta-feira, o ponto alto do programa de António Costa no Fórum Económico Mundial será a sua participação como orador numa conferência sobre o futuro da Europa, na qual também discursam a comissária europeia do Comércio, Cecília Malmström, e o primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar - uma sessão que será moderada por Peter Limbourg, o diretor-geral da Deutsche Welle.

No painel subordinado ao tema "Novo momento para a Europa", o primeiro-ministro deverá retomar a sua mensagem em defesa de uma maior convergência entre os diferentes Estados-membros e de uma reforma na União Económica Monetária (UEM).

Ainda nesta quinta-feira, o chefe do Governo português estará presente numa conferência sobre economia do mar e sustentabilidade ambiental dos oceanos.

À margem das sessões, o evento fica ainda marcado pelo encontro entre António Costa e o Presidente da República de Angola, João Lourenço. As relações entre Portugal e Angola têm sido perturbadas pelo processo movido pelas autoridades judiciais portuguesas contra o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente no âmbito da operação "Fizz", em que é acusado de corrupção ativa e branqueamento de capitais.

Além de António Costa, que participa pela segunda vez neste Fórum Económico Mundial, estarão também em Davos, no que diz respeito a responsáveis políticos portugueses, os ministros da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e das Finanças, Mário Centeno, este último já na qualidade de presidente do Eurogrupo, assim como o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.

Caldeira Cabral divide "palco" com will.i.am

Ao longo dos três dias de presença em Davos, o ministro da Economia, que participa pela segunda vez no Fórum Económico Mundial, terá vários encontros de caráter informal com potenciais investidores mundiais em Portugal, para além da agenda oficial.

O titular da pasta da Economia terá na terça-feira uma sessão em que participa o conhecido rapper norte-americano William James Adams Junior, mais conhecido por will.i.am, que integrou a banda Black Eyes Peas e fundou a I.AM.PLUS, confirmou fonte do gabinete ao SAPO24. Para além do músico, a sessão será partilhada por Suzanne Fortier (Diretora da Universidade de McGill, Canadá), Steve Rusckowski (CEO da Quest Diagnostics) e Robert Zimmer (Presidente da Universidade de Chicago)

Na semana passada, em entrevista à agência Lusa, o ministro da Economia considerou que o fórum de Davos "é uma oportunidade muito importante" para promover Portugal junto dos líderes mundiais.

Caldeira Cabral: Davos "é uma oportunidade muito importante" para promover Portugal
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De acordo com o Dinheiro Vivo, a seleção de figuras nacionais convocadas para Davos fica completa com a secretária de Estado da Indústria, Ana Lehmann, o presidente do Lloyds Bank, António Horta Osório, e com os já habituais representantes do setor empresarial: Henrique Soares dos Santos, administrador da Jerónimo Martins, José Soares dos Santos, administrador da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e Cláudia Azevedo, presidente da Sonae Capital.

A edição deste ano ficará ainda marcada pela presença do presidente dos Estados Unidos, algo que não acontecia há dezoito anos, sendo Bill Clinton o último chefe de estado norte-americano a viajar até à estância de esqui na Suíça. Além de Trump, estarão presentes figuras como António Guterres, Theresa May, Emmanuel Macron ou Justin Trudeau.

Sob o tema "criar um futuro partilhado num mundo fraturado", durante quatro dias a estância de esqui suíça acolhe o Fórum Económico Mundial (FEM), evento que junta a elite da finança mundial, mas não só. Aos principais líderes empresariais e políticos, intelectuais e jornalistas, juntam-se todos os anos algumas celebridades — a atriz Cate Blanchett e os músicos Elton John e will.i.am são as estrelas deste ano. Edição em que, pela primeira vez em 48 edições do Fórum, criado na década de 1970, todas as co-presidentes são mulheres.

Quem manda são elas, pelo menos em Davos. Mas nem tudo é o que parece
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São elas a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, a secretária-geral da Confederação Internacional de Sindicatos, Sharn Burrow, a física italiana Fabiola Gianotti, diretora-geral da Organização Europeia para a Análise Nuclear, Isabelle Kocher, conselheira delegada da empresa energética francesa ENGIE, Ginni Rometty, presidente executiva da IBM, e a indiana Chetna Sinha, presidente do banco de microcrédito Mann Deshi. A cimeira de Davos contará com três mil participantes de 119 países e 21% de mulheres.

No centro dos debates estarão temas como as alterações climáticas, a Inteligência Artificial ou o aumento das desigualdades económicas. O programa completo pode ser consultado aqui.

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