"O resultado líquido reflete uma melhoria de 157 milhões de euros, embora seja ainda negativo. Conseguimos em 2016 fazer uma recuperação significativa do resultado", assinalou José Félix Morgado, presidente do Montepio.

O gestor, que falava na conferência de imprensa de apresentação das contas de 2016, destacou ainda "os resultados positivos da atividade 'core'" alcançados no ano passado pelo banco mutualista, que detém também operações em Angola (Finibanco Angola), em Moçambique (BTM) e em Cabo Verde (Banco MG Cabo Verde).

A margem financeira do Montepio subiu 29%, para 253,2 milhões de euros entre 2015 e 2016, enquanto o produto bancário caiu 12%, para 353 milhões de euros.

Já a imparidade do crédito baixou 24%, para 182,5 milhões de euros no último exercício, com Félix Morgado a apontar para as políticas de crédito e de recuperação de crédito que o banco tem seguido, enquanto as imparidades totais fixaram-se em torno dos 248 milhões de euros.

O rácio de crédito com incumprimento subiu de 9,7%, para 11,5%, enquanto o rácio de crédito em risco avançou de 14,6%, para 15,2%, com a cobertura do último fixada nos 52% e nos 120%, respetivamente.

O ativo líquido cresceu 0,9%, para 21,4 mil milhões de euros, com o crédito a clientes bruto a recuar 3,7%, para 15 mil milhões de euros e os depósitos a regredir 0,6%, para 12,5 mil milhões de euros.

Em termos de solvabilidade, o rácio 'common equity tier 1'(CET1) fixou-se em dezembro último nos 10,4% (acima dos 8,8% do final de 2015).

O Montepio fechou o ano com um rácio de transformação (crédito/depósitos) de 111,2%.