“Temos perspetivas para o banco [Santander Totta] francamente boas. Os nossos concorrentes portugueses têm uma situação de debilidade […] e temos o desejo de crescer no mercado”, disse hoje em Madrid José António Alvaréz, diretor-delegado do grupo Santander, na apresentação dos resultados dos primeiros nove meses de 2016.

Para Alvaréz, o banco Santander Totta “é de longe a entidade mais solvente e importante” do sistema bancário português, e “ao longo da crise manteve uma trajetória comercial muito positiva”, apesar de uma situação em que “o mercado [português] não cresce”.

O grupo Santander teve lucros de 4.606 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2016, o que incluí os 293 milhões que o banco lucrou em Portugal nesse período.

“Temos o banco mais robusto do sistema” bancário português, insistiu um outro dirigente do banco espanhol, José García Cantera, administrador-financeiro, acrescentando que o Santander Totta está “a finalizar a integração com o Banif em linha com o que estava previsto” e isso explica “as altíssimas taxas de crescimento” dos resultados do banco em Portugal.

Para o administrador-financeiro “as dinâmicas comerciais também são boas em todos os segmentos, tanto de ativos como de passivos e em todo o tipo de produtos”.

“Sem dúvida alguma é o melhor banco de Portugal, que cresce muito rapidamente, contribuindo com 300 milhões de euros” para os resultados do banco Santander nos primeiros nove meses do corrente ano.

No relatório de contas, o banco realça que 56 % dos resultados do grupo vêm da Europa (Reino Unido, 19%; Espanha,14%; Santander Consumer Finance, 13%) e 44 % das Américas (Brasil, 20%; México, 7%), para só citar os mercados mais importantes.

José António Alvaréz afirmou que desconhecia em que fase se encontra o processo de venda do Novo Banco, e que, em termos gerais, o Santander analisa as oportunidades de negócio à medida que estas aparecem.