“A empresa Amarsul, ao efetuar a presente proposta, está unicamente a desregular a vida dos trabalhadores da recolha seletiva, pois não é pelo facto de alterar o horário destes trabalhadores que existe mais recolha, o que existe sim é penalização dos motoristas e auxiliares, pois trabalham ao sábado e gozam a folga a outro dia da semana”, refere a União de Sindicatos de Setúbal, afeta à CGTP-IN.

A Amarsul é responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos urbanos dos nove municípios da Península de Setúbal (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal).

A União de Sindicatos defende que a empresa só pode ter uma recolha mais eficaz se “contratar mais trabalhadores e adquirir mais meios”.

“A presente alteração de horário, não é mais nem menos, que uma ofensiva conjunta de várias entidades patronais no distrito, visando destruir o descanso ao fim de semana com dois dias seguidos, ofensiva essa que o grupo Mota-Engil acionista maioritário da Amarsul também se associou”, salienta.

No documento, acrescenta que é “urgente preservar o fim de semana” como descanso efetivo da maioria dos trabalhadores, considerando que “a exceção do trabalho ao fim de semana tem de ser mesmo uma exceção”.