O índice mais emblemático de Wall Street, o seletivo Dow Jones Industrial Average fechou a ganhar 1,38%, para os 24.190,90 pontos, depois de ter estado a perder 2,1% durante o dia. No conjunto da semana, desvalorizou 5,21%, na que é a queda semanal mais importante desde o início de 2016.

A mesma tendência foi observada no caso do alargado S&P500, o índice que representa as 500 maiores empresas cotadas em Nova Iorque: acabou o dia a ganhar 1,49%, para as 2.619,55 unidades, mas acabou a semana a descer 5,16%.

Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq terminou a sessão com uma valorização de 1,44%, para os 6.874,49 pontos, mas perdeu 5,06% na semana.

“Nada de novo justifica estes movimentos. O mercado está entregue a s próprio”, segundo Karl Haeling, do banco LBBW.

“Bem entendido que existem as preocupações com a aceleração da inflação, a subida das taxas de juro, o aperto das políticas monetárias, a chegada da reforma fiscal no pior momento do ciclo económico, etc, etc, (…)”, adiantou, explicando: “mas agora que se passou a uma outra fase, a descida é sobretudo alimentada pelo regresso da volatilidade, com os investidores a cederem ao seu próprio sentimento”.

O VIX, um instrumento que mede a volatilidade, também designado como “o índice do medo”, tinha permanecido inerte durante meses, raramente subindo acima de 15. Na terça-feira superou os 50 e hoje esteve acima dos 40.

Neste contexto, numerosos fundos e gestores de investimentos devem reajustar a sua exposição no mercado bolsista.

“A queda da bolsa era esperada há muito tempo, uma vez que o mercado subiu muito alto, demasiado depressa”, afirmou Phil Davis, do PSW Investments.

No imediato, não é de esperar uma enorme subida, porque os índices desceram para níveis mais razoáveis”, acrescentou.

“É impossível saber se isto vai acalmar ou não, se o doente já está completamente curado”, admitiu Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.

As fortes flutuações observadas no mercado, como a repentina subida dos índices na segunda-feira e hoje, são, não sua opinião, “a prova de que muitos dos movimentos não são orientados por decisões de investimento baseadas em elementos fundamentais, mas antes por ajustes técnicos efetuados por fundos hiperativos desde o início da semana”, avançou.

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