O que fazer quando a terra treme?
Edição por Alexandra Antunes
As autoridades islandesas declararam situação de emergência, na sexta-feira, após uma série de sismos perto de Gindavik, e alertaram para uma possível erupção vulcânica, ordenando uma evacuação preventiva daquela cidade a 50 quilómetros da capital, Reiquiavique. Nos dias seguintes, a terra continuou a tremer: só no sábado foram registados mais de 1000 sismos.
A verdade é que a Islândia tem 33 sistemas vulcânicos ativos, o maior número da Europa. Olhando para o mapa, esta ilha do Atlântico Norte sobrepõe-se à Dorsal Meso-Atlântica, uma fenda no fundo do oceano que separa as placas tectónicas da Eurásia e da América do Norte.
Por cá, a situação é diferente. Não há vulcões ativos, mas nem sempre se pode respirar de alívio. Em setembro, depois de uma série de sismos em Portugal continental, o geofísico Miguel Miranda dizia ao SAPO24 que tudo fazia parte da "sismicidade normal", mas que é preciso estar sempre alerta.
Por isso, referia, "o medo não serve para nada, mas a prevenção serve", pelo que a população deve "seguir as indicações que a Proteção Civil está continuamente a dar no caso de se sentir um sismo".
E hoje é um desses dias. Esta manhã, às 11h14, a Proteção Civil realizou um exercício público de sensibilização para o risco sísmico, uma ação que durou um minuto.
O exercício, denominado “A Terra Treme”, é organizado anualmente pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em colaboração com diversas entidades públicas e privadas.
A ANEPC pretende com esta iniciativa dar a conhecer à população o que “fazer antes, durante e depois de um sismo, nomeadamente conhecer as medidas preventivas e os comportamentos de autoproteção a adotar”.
No fundo, que se registe o que é possível fazer em caso de sismo. E são três simples gestos que podem salvar vidas: baixar, proteger e aguardar.