A medida, anunciada durante um fórum pelo presidente da Agência Nacional de Resíduos, Sabino Ferraz, deverá ser agregada à consciencialização das pessoas, sobre os perigos que causam ao meio ambiente a utilização de sacos.

Em declarações à Lusa, o diretor nacional do Ambiente, Nascimento Soares, disse que apontou a utilização de sacos recicláveis, em papéis ou substâncias biodegradáveis, evitando a proliferação de sacos plásticos no meio ambiente.

A cobrança de uma taxa por cada saco de plástico usado tem ainda como objetivo a arrecadação de receitas para o Estado, devendo parte dessas receitas ser destinada a campanhas, programas e projetos de educação ambiental.

"A par desses sacos biodegradáveis também podemos utilizar os sacos reutilizáveis, como acontecia há anos, por exemplo o uso de sacos de pano para a compra do pão, que é uma medida boa e devemos incentivar", referiu Nascimento Soares.

O responsável lembrou que grande parte dos sacos plásticos largados no ambiente constituem perigo sobretudo para as espécies que habitam em rios e mares, porque grande parte desse material vai lá parar.

"Ele é deposto num determinado local e depois chega até às zonas ribeirinhas ou marinhas, sendo absorvidos pelas espécies que lá habitam, quer sejam pelágicas ou não pelágicas, ou peixes ou ainda mesmo outras espécies que habitam no mar ou nos rios", frisou.

Nascimento Soares considerou irrisório o valor a ser cobrado, mas que vai fazer diferença e levar a uma tomada de consciência dos cidadãos na hora de fazerem as compras.

"As pessoas vão dar conta que vale a pena, às vezes, não comprar o saco plástico e levarem o saco que já têm em casa. Essa é a medida que vai desincentivar a compra ou produção, ou a utilização excessiva desses resíduos", realçou.

NME // VM

Lusa/Fim