No documento, o ministério liderado por Bernarda da Silva recorda o "crescimento da indústria siderúrgica angolana e o consequente aumento do consumo de sucata" para esta atividade, fixando por isso uma quota zero de exportação em 2016.

"Tendo em conta que a contínua exportação da sucata pelos agentes comerciais, à margem das normas estabelecidas, constitui uma ameaça séria ao desenvolvimento e funcionamento da indústria siderúrgica angolana, levando-as à necessidade de importar tais matérias-primas, implicando a disposição de recursos cambiais que o país muito necessita", justifica o despacho ministerial.

Angola vive uma profunda crise financeira e económica provocada pela quebra nas receitas com a exportação de petróleo, tendo o Governo lançado no início do ano um programa para diversificar a economia e reduzir as importações, gastando dessa forma menos divisas.

A Aceria de Angola (ADA), do empresário Georges Choucair, foi o último grande investimento na siderurgia nacional, concluído em dezembro passado, nos arredores de Luanda, e avaliado em 300 milhões de dólares (260 milhões de euros).

Levou três anos a construir na localidade da Barra do Dande (80 quilómetros a norte de Luanda), província do Bengo, para empregar 600 trabalhadores e produzir 300 mil toneladas anuais de varão de aço para construção, assegurando todas as necessidades nacionais.

Esta unidade recorre sobretudo à reutilização de sucata, material de guerra, ferroviário, petrolífero ou viaturas, produzindo varão de aço certificado.

PVJ // VM

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