Mando Camará, deputado ao Parlamento eleito nas ilhas e Zacarias Afonso, adjunto delegado do Instituto Marítimo Portuário, em Bubaque, disseram à Lusa que as buscas de salvamento permitiram encontrar, até aqui, cinco corpos, estando outras cinco pessoas desaparecidas.
Os familiares das vítimas realizaram esta manhã o funeral dos mortos, na ilha de Canhabaque de onde partiu a piroga naufragada, indicou Mando Camará.
Os dois responsáveis contatados pela Lusa presumem que do naufrágio teriam morrido dez pessoas, mas recusaram-se a assumir, "como certa", a morte das outras cinco pessoas ainda não encontradas.
O adjunto delegado do Instituto Marítimo Portuário em Bubaque explicou que a piroga estava com excesso de peso e ao apanhar com o mau tempo afundou-se já no alto-mar.
Zacarias Afonso contou que a piroga, uma embarcação de pesca, não tinha capacidade para transportar as 45 pessoas e mais as suas cargas, uma situação que pode considerada de "negligência por parte do capitão" da piroga, disse.
"Não temos delegado (do Instituto Marítimo Portuário) em Canhabaque como em várias outras ilhas, pelo que avisamos os capitães das canoas para que tenham cuidado com o número de passageiros que transportam", afirmou Afonso, sublinhando que neste caso o conselho não teria sido acatado.
O responsável diz não ter ainda todas as provas, mas informações colhidas entre os náufragos, apontam que a piroga acidentada também estava a rebocar uma outra embarcação.
MB //ANP
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