O atentado -- atribuído pelas autoridades turcas ao grupo armado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) -- aconteceu na província de Sirnak, que faz fronteira com a Síria e o Iraque e tem maioria curda, às 06:40 (hora local, 04:40 em Lisboa), no exterior de um posto de controlo situado a 50 metros da entrada do edifício da polícia, que ficou praticamente reduzido a escombros.

Os edifícios vizinhos da esquadra também sofreram danos e quatro dos feridos ainda estão em estado crítico.

Segundo alguns órgãos de comunicação social, após a explosão, registou-se uma troca de tiros entre atacantes e forças de segurança, uma forma de proceder habitualmente utilizada pelo PKK.

As forças de segurança lançaram uma operação para capturar os responsáveis pelo atentado e as autoridades turcas impuseram um bloqueio informativo sobre o atentado, para evitar que se divulgue informação sobre a investigação e se publiquem imagens das vítimas.

Na quinta-feira, atribuiu-se ao PKK um atentado contra uma comitiva de veículos, em que viajava o líder do maior partido da oposição turco (CHP), Kemal Kilicdaroglu, que saiu ileso, tendo um soldado morrido no ataque.

As forças de segurança turcas são um alvo quase diário do PKK desde que as conversações de paz com o governo fracassaram, em julho de 2015. Desde então, mais de 600 polícias e soldados já foram mortos em atentados.

O PKK, organização que Turquia, União Europeia e Estados Unidos classificam como terrorista, iniciou em 1984 uma luta armada contra o Estado turco, exigindo mais autonomia para os mais de 12 milhões de curdos que vivem no país.

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