Os fundos vão servir nomeadamente para atrair investidores na Jordânia e para reformar o mercado laboral do país, proporcionando um maior acesso aos refugiados sírios, referiu o Banco Mundial em comunicado.

Com um maior número de sírios a receberem autorizações de trabalho estes poderão "contribuir para o crescimento económico" da Jordânia, lê-se ainda no mesmo comunicado.

"Ao criar as condições para impulsionar os investimentos e os empregos e permitindo aos refugiados (...) procurar trabalho e contribuir para a economia, a Jordânia passa de uma abordagem puramente humanitária a uma voltada para o futuro e para o desenvolvimento", afirmou Farid Belhaj, diretor do departamento Médio Oriente no Banco Mundial.

A Jordânia mostra assim à comunidade internacional um caminho no que diz respeito ao acolhimento de refugiados, que figura ainda como "um território desconhecido", sublinhou.

A Jordânia acolhe mais de 600 mil refugiados que fugiram da guerra na vizinha Síria, de acordo com dados da ONU. Já segundo Amã, são 1,4 milhões num país que conta com 6,5 milhões de habitantes.

Lamentando a falta de ajuda internacional, a Jordânia afirma ter "atingido o limite" e apela, com regularidade, à comunidade internacional que compartilhe a responsabilidade relativamente aos refugiados.

No início do mês, a ONU denunciou as condições de vida "desastrosas" de aproximadamente 70 mil refugiados sírios bloqueados na fronteira e privados de ajuda humanitária pelas autoridades de Amã depois de um atentado suicida ocorrido no final de junho.

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