A proposta do plano foi apresentada na terça-feira, em São Filipe, pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, mais de dois anos após o fim da erupção vulcânica na ilha do Fogo, que desalojou cerca de 1.500 pessoas de duas localidades próximas.

Com previsão para ser implementado dentro de seis meses, o plano prevê ainda a construção de outras infraestruturas, como escolas, jardins infantis, posto policial, delegação municipal, bem como o edifício da sede do Parque Natural, que também foi destruído pelas lavas.

Além da área para novas construções, o plano define ainda espaços para prática de agricultura, rede viária, entre outras informações úteis para o ordenamento de Chã das Caldeiras, que fica a cerca de dois mil metros de altitude e com o único vulcão ativo do arquipélago.

Durante a apresentação do plano, o chefe do Governo cabo-verdiano disse que este é o momento para tomar todas as decisões naquela localidade na ilha do Fogo.

"Estamos fortemente empenhados em dar respostas estruturantes à situação de Chã das Caldeiras, para passarmos de uma situação de emergência para o desenvolvimento", disse Ulisses Correia e Silva, citado pela Inforpress.

O chefe do Executivo cabo-verdiano propôs um "pacto social" entre a população de Chã das Caldeiras, que deverá preservar o espaço, e o Estado, que vai garantir segurança e outras condições de vida.

"Não podemos correr o risco de numa próxima erupção repetir as mesmas coisas e todo o esforço de investimento ir abaixo", alertou Correia e Silva, considerando ser "fundamental" o comprometimento da comunidade local.

O plano de emergência para Chã das Caldeiras foi elaborado por uma equipa multidisciplinar de várias instituições cabo-verdianas, em parceria com técnicos das Canárias.

O documento vai estar em consulta pública até 15 de maio nos Paços do Concelho de Santa Catarina do Fogo e no Ministério das Infraestruturas, na cidade da Praia, para recolha de subsídios.

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