"Asaram foi condenado à prisão perpetua, até à sua morte", declarou à AFP Rajendra Singh, um dos advogados do acusado.

A defesa anunciou a sua intenção de recorrer do julgamento.

Anteriormente, um advogado próximo da família da adolescente, Utsav Bains, já tinha divulgado que Asaram tinha sido condenado, mas a partir de informações que lhe tinham sido passadas por pessoas presentes na sala da audiência, que decorreu à porta fechada.

As autoridades colocaram várias regiões indianas sob estado de alerta e destacaram milhares de agentes policiais por recearem distúrbios provocados pelos seguidores do guru, de longas barbas brancas.

"Homem-deus" de 77 anos, à frente de centenas de ashrams na Índia e internacionais, Asaram foi acusado de agressão sexual de uma rapariga de 16 anos, em 2013, no Rajastão (oeste), sob pretexto de estar a exorcisar espíritos maléficos.

Asaram, que conta com vários antigos responsáveis políticos entre os seus seguidores, negou sempre a violação da adolescente e denunciou o julgamento como uma conspiração política. O guru está a ser processado em outros casos de violação ou homicídio.

Asaram, também conhecido como "Babuji", ensinava os discípulos a renunciar aos desejos sexuais.

No ano passado, a condenação por violação de um outro guru, Gurmeet Ram Rahim Sing, desecandeou uma onda de violência que deixou 38 mortos.

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