Segundo a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), Macau exportou mercadorias avaliadas em 7,73 mil milhões de patacas (887,5 milhões de euros) entre janeiro e setembro -- menos 5,2% face a igual período do ano passado -- e importou bens na ordem dos 52,19 mil milhões de patacas (5,92 mil milhões de euros), menos 17,8%.

O défice da balança comercial atingiu 44,46 mil milhões de patacas (5,1 mil milhões de euros), menos 19,7% em relação aos primeiros nove meses do ano passado.

Em termos do destino das exportações, verificaram-se quedas nos principais mercados: as vendas para Hong Kong (4,30 mil milhões de patacas ou 493 milhões de euros) diminuíram 13%, enquanto para a China (1,34 mil milhões de patacas ou 153,8 milhões de euros) caíram 1,3%.

As exportações para a União Europeia (140 milhões de patacas ou 16 milhões de euros) e para os Estados Unidos (110 milhões de patacas ou 12,6 milhões de euros) desceram 17,7% e 26,2%, respetivamente.

Do lado das importações a tendência foi idêntica, com as compras à China (18,92 mil milhões de patacas ou 2,1 mil milhões de euros) a diminuírem 19,4% e à União Europeia (12,75 mil milhões de patacas ou 1,46 mil milhões de euros) 10,8% em termos anuais homólogos.

O comércio externo de Macau caiu 4,5% em 2015, para 99,87 mil milhões de patacas (11,04 mil milhões de euros ao câmbio da altura), a primeira diminuição desde 2009.

Arrastada pelo desempenho do setor do jogo, a economia de Macau encontra-se em queda desde o terceiro trimestre de 2014, ano em que, pela primeira vez desde a transferência do exercício de soberania de Portugal para a China, em 1999, o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma diminuição (-0,9%).

Em 2015, o PIB caiu 20,3%.

Já no primeiro trimestre do ano, a economia registou uma contração real de 13,3% em termos anuais, e de 7,1% no segundo.

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