"Conseguimos 1.100 milhões de dólares nesta conferência. Agora o mais importante é que este dinheiro se traduza em ajuda específica para as pessoas do Iémen e para isso precisamos de acesso" ao país, disse António Guterres no final do encontro, organizado pelas Nações Unidas e pelos governos da Suíça e da Suécia.
Até hoje, a Organização das Nações Unidas (ONU) só tinha conseguido 15% dos 2.100 milhões de dólares (1.900 milhões de euros) que tinha pedido para fazer frente este ano à emergência humanitária no Iémen.
No início da conferência de hoje o secretário-geral da Organização das Nações Unidas tinha instado as partes em conflito no Iémen a dialogarem para alcançarem uma solução política que termine com a guerra, que dura há dois anos.
"Insto as partes em confronto a envolverem-se nas negociações de paz facilitadas pelo meu enviado especial para o Iémen, Ismail Uld Sheij Ahmed", disse Guterres, na abertura da conferência de Genebra (Suíça).
Num comunicado hoje divulgado, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) advertiu que a crise no Iémen se tornou na mais grave do mundo, com 18,8 milhões de pessoas a necessitarem de ajuda humanitária ou de proteção.
Desde 2015, diz a organização em comunicado, que mais de 3,3 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar a suas casas por questões de segurança, permanecendo dois milhões deslocadas.
A OIM salienta que o conflito no país não tem fim à vista e que continua a aumentar o número de pessoas que têm de fugir da guerra.
FP // ROC
Lusa/fim
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