A informação, divulgada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, faz parte de um acordo de cooperação que a empresa firmou com a justiça brasileira para diminuir as penas aplicadas conta os seus executivos.

A Odebrecht é uma das empresas envolvidas no escândalo de corrupção centrado na petrolífera estatal brasileira Petrobras e em outras empresas públicas, que está a ser investigado pela operação Lava Jato.

O ex-presidente e herdeiro da companhia, Marcelo Odebrecht, já foi condenado e está preso há mais de um ano no Brasil.

Segundo o jornal, executivos da empreiteira mencionam duas pessoas próximas do governador como intermediárias dos donativos em espécie que somam pelo menos dois milhões de reais (560 mil euros).

Em 2010, Geraldo Alckmin foi eleito na primeira volta eleitoral com 50,63% dos votos válidos. Em 2014 foi reconduzido no cargo com 57% dos votos.

O Folha de S. Paulo refere que um dos executivos que denunciou os donativos ilegais é Carlos Armando Paschoal, ex-diretor da Odebrecht em São Paulo e um dos responsáveis por negociar doações eleitorais para políticos.

Carlos Armando Paschoal está entre os 77 funcionários da Odebrecht que assinaram um acordo de delação premiada com investigadores da Lava Jato.

Um comunicado de Geraldo Alckmin citado pelo jornal diz que "é prematura qualquer conclusão com base em informações divulgadas com base em delações não homologadas".

CYR // JMR

Lusa/ Fim