"A cooperação naval é muito importante porque trata da capacitação de oficiais são-tomenses para a Guarda Costeira. Dentro desse grande programa nós privilegiamos ajudar e apoiar São Tomé e Príncipe num projeto de melhor inserção no Golfo da Guiné do ponto de vista da segurança marítima", disse José Leitão à Lusa.

Brasil apoia São Tomé e Príncipe num programa de combate à tuberculose, paludismo e HIV/Sida. No âmbito do combate ao Sida, anualmente o governo brasileiro disponibiliza 200 mil dólares para a compra de antirretrovirais.

Fonte responsável do programa nacional de Luta contra o Sida disse, em entrevista à Televisão publica são-tomense, que a ajuda foi suspensa.

"No momento são questões administrativas perfeitamente contornáveis", justificou o chefe da missão diplomática brasileira, sublinhando que essa suspensão de ajuda financeira para compra de antirretrovirais "ainda está sendo examinada".

"Todo o projeto tem os seus obstáculos momentâneos, mas essas coisas não se transformam em problemas insolúveis. O que se apresentar como obstáculo será contornado, examinado e vamos adiante", explicou José Leitão.

Brasil construiu no hospital central um laboratório de diagnóstico, o edifício já está pronto, faltando apenas equipar.

"Isso é um avanço muito grande dentro desse projeto de cooperação na área de saúde que sempre foi uma prioridade, não só no combate a tuberculose, mas também malária e a Sida", disse.

São Tomé e Príncipe é o terceiro maior parceiro em volume de cooperação do Brasil no mundo, garante o embaixador brasileiro que deixa São Tomé brevemente, depois de quatro anos e meio de uma missão diplomática que considera "animadora".

"Deixo a cooperação com o Brasil muito bem, com vários projetos em andamento, alguns concluídos, outros ainda em curso e sempre com uma perspetiva de cooperação muito presente", garantiu.

São Tomé e Príncipe foi o sexto posto de José Leitão como diplomata brasileiro no estrangeiro, depois de passar por Bulgária, Bruxelas, Bolívia, Vaticano e Lisboa.

Durante quatro anos e meio no país deu novo impulso a cooperação entre os dois países que mesmo ligados há vários anos a nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, tinha muito pouca visibilidade.

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