Após uma audiência no palácio do governo em Bissau, Gomes Júnior disse aos jornalistas que Umaro Sissoco Embaló "é um jovem a quem não se deve menosprezar" e que agora faz parte "do clube dos ex-primeiros-ministros" da Guiné-Bissau.

"Ninguém pode tirar o teu nome como primeiro-ministro. Estamos no mesmo clube. Qualquer dia criamos uma equipa de futebol, para jogarmos enquanto ex-primeiros-ministros para ver quem é que está ainda em boa forma para continuar a trabalhar" para a Guiné-Bissau, disse Carlos Gomes Júnior.

Para o ex-primeiro-ministro guineense, Sissoco Embaló, teve a coragem necessária ao pedir para abandonar a chefia do governo, por sentir que não tinha condições para continuar, o que, disse ainda, não pode deixá-lo traumatizado.

"Estar no governo é uma passagem", defendeu Carlos Gomes Júnior, enaltecendo as qualidades de Umaro Sissoco Embalo, nomeadamente o facto de o conhecer como conselheiro do ex-Presidente do Burkina Faso, Blaise Campaoré.

Gomes Júnior sublinhou ainda o facto de Sissoco Embaló ter sido a primeira pessoa que o apresentou ao falecido líder líbio, Muammar Kadafi.

Ao ser questionado sobre se pensa candidatar-se à liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que tem congresso marcado para 31 deste mês a 04 de fevereiro, Carlos Gomes Júnior lembrou que foi líder daquele partido durante 12 anos.

Instado a ser mais conciso, respondeu com evasivas e com sorrisos a fugir dos jornalistas.

Fonte da direção do PAIGC disse à Lusa que o ex-líder do partido, "para já não é delegado" ao congresso, por não ter esse direito por inerência de militância e nem foi escolhido nas bases como delegado.

O partido não recebeu nenhuma manifestação de intenção do "camarada Carlos Gomes Júnior" para participar no congresso, indicou a fonte.

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