A posição foi expressa em conferência de imprensa, em Luanda, pelo coordenador do Ministério da Educação de Angola para as negociações com o sindicato de professores, David Chivela.

Segundo David Chivela, as exigências dos professores vão ser solucionadas paulatinamente, por não haver condições para satisfazer todas as reivindicações de imediato.

"Há uma certa ansiedade por parte dos professores em ver já satisfeitas as suas reivindicações, o que não é possível de momento", disse o responsável.

A segunda fase da greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Professores Angolanos (Sinprof) e deve decorrer até 05 de maio.

O Sinprof diz aguardar desde 2013 por respostas do Ministério da Educação e das direções provinciais de Educação ao caderno reivindicativo, nomeadamente sobre o aumento do salário, a promoção de categoria, a redução da carga horária e o pagamento de subsídios, mas sublinha que "nem sequer 10% das reclamações foram atendidas".

David Chivela, que pediu "ponderação aos professores", fez saber que as reivindicações apresentadas pelo Sinprof "estão a ser devidamente avaliadas pelo Ministério da Educação", por isso o executivo "não vê razões para a paralisação das aulas".

Quanto aos subsídios, o responsável precisou que "estão previstos no Orçamento Geral do Estado de 2018", pelo que "a atualização de categorias" deverá ser resolvida à luz da lei em vigor-

O ministério, indicou, continua "aberto ao diálogo".

O ano letivo de 2017 em Angola arrancou oficialmente a 01 de fevereiro, com quase 10 milhões de alunos nos vários níveis de ensino, decorrendo as aulas até 15 de dezembro.

A primeira fase da paralisação das aulas em Angola decorreu de 05 a 07 de abril, com o sindicato a denunciar uma "onda de ameaças e intimidações" dos professores em Luanda e no interior do país.

A segunda fase da greve de professores arrancou hoje na capital angolana, Luanda, com um nível de adesão parcial dos docentes, verificou a Lusa em alguns estabelecimentos de ensino.

O cenário encontrado foi de alunos a manifestarem o seu descontentamento pela falta de aulas e de direções de escolas a confirmarem que as aulas decorreriam "na normalidade".

DYAS // ROC

Lusa/Fim

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