"Solicitámos o cancelamento do registo da Mesa de Unidade Democrática (MUD), por estar envolvida na maior fraude eleitoral da história do país", afirmou Jorge Rodriguez, que Maduro designou para acompanhar o processo do referendo.

Hoje é o último dia para a Comissão Nacional Eleitoral se pronunciar sobre a validade de um primeiro conjunto das 200 mil assinaturas necessárias para avançar para a próxima fase do longo e complexo processo de convocação de um referendo.

Entre as irregularidades apontadas pelo governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) estão a inclusão de informação de pessoas falecidas, incapacitados políticos e menores de idade.

Rodriguez afirmou que a CNE "está obrigada" a satisfazer a pretensão dos chavistas (assim designados por serem seguidores do falecido Presidente Hugo Chavez), "em termos imediatos e de forma expedita", se bem que tenha evitado falar sobre as consequências que a eventual satisfação desta pretensão teria no processo de destituição de Maduro, que a oposição pretende.

"Como se vai ativar um artigo da Constituição (o referendo revogatório) com uma base tão manchada?", perguntou Rodriguez. Depois de se reunir com a presidente do CNE, Tibisay Lucena, a quem entregou o documento com o pedido de anulação.

A MUD tem marcada para hoje uma manifestação até à sede da CNE, em Caracas, para pedir a convocação da nova fase do processo para realizar o referendo, que consiste na recolha de "manifestações de vontade" equivalentes a 20% dos inscritos no Registo Eleitoral, o que representa quatro milhões de votantes.

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