"Em função dos desenvolvimentos económicos que se esperam para 2018, é claro que as perspetivas são mais otimistas", disse Rogério Nkomo, durante uma conferência de imprensa para apresentação do balanço do Plano Económico e Social e do Relatório de Execução do Orçamento de Estado de 2017.

No ano que terminou, a economia "começou a estabilizar e a dar indicações deste crescimento moderado", expressão com que se referiu à subida de 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB), anunciada pelo Governo na terça-feira.

O cenário "é satisfatório porque conseguimos manter, mais ou menos, os mesmos níveis de crescimento de 2016", que foram de 3,8%.

Contas feitas, em 2017, Moçambique cresceu menos 0,1% que em 2016 e Nkomo argumenta que "a economia não desacelerou, antes pelo contrário, ela conseguiu estabilizar-se e isso dá indicações de que, em 2018 e nos próximos períodos, podemos continuar a ter estes níveis e se calhar níveis melhorados de crescimento", acrescentou.

O crescimento do PIB de 3,7% em 2017, anunciado pelo Governo, está abaixo dos 5,5% inicialmente programados pelo executivo e é também inferior às taxas superiores a 6% registadas entre 2001 e 2015.

O crescimento de 3,7% fica próximo da previsão feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em dezembro, no final de uma missão a Maputo, quando apontou para cerca de 3% - sem precisar.

O número fica acima da previsão do Banco Mundial, também datada de dezembro, que apontava para 3,1%.

O Balanço do Plano Económico e Social de 2017, um documento com 156 páginas, foi hoje disponibilizado no portal do Ministério das Finanças de Moçambique, em www.mef.gov.mz.

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