O anúncio foi feito Rodolfo Marco Torres em Caracas, à margem de uma reunião com representantes da Federação Venezuelana de Industriais da Panificação e Afins, vários dias depois de muitas padarias do país estarem sem pão, devido à falta de farinha de trigo e de outras estarem a limitar a venda a um ou dois pães por clientes.

Segundo o ministro, vários barcos com farinha de trigo, provenientes do estrangeiro, estão ancorados nas docas venezuelanas, prevendo-se que outras 60 mil toneladas deste produto cheguem a Caracas durante o mês de maio.

Na última segunda-feira as padarias de Caracas amanheceram sem pão, devido à falta de farinha de trigo, uma situação que além de criar inconformidade na população está a preocupar também os comerciantes, que também não têm matéria-prima para fazer doces, o que lhes provoca perdas económicas.

Em fevereiro último, a Federação de Trabalhadores da Farinha da Venezuela (Fetrahirana) declarou o setor em estado de emergência, porque quatro dos 12 moinhos que existem no país estavam paralisados, colocando em risco os salários de 80 mil trabalhadores.

Desde 2003 que vigora na Venezuela um sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção local de moeda estrangeira e obriga os empresários a socorrerem-se das autoridades para conseguir as autorizações necessárias de acesso a divisas para pagar importações.

No entanto são cada vez mais frequentes as queixas dos empresários de dificuldades na obtenção de divisas a preços oficiais, obrigando-os a virarem-se para o mercado paralelo para obter os recursos necessários para importar.

FPG // ARA

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