"Os resultados de hoje são uma esperança e demonstram que é possível eliminarmos ou interromper a transmissão do paludismo em São Tomé e Príncipe e encoraja o país para prosseguir, de forma sustentada, a estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS) que visa a vigilância epidemiológica como uma etapa crucial", explicou Amilton Nascimento diretor do Programa de Luta Contra o Paludismo.

Falando durante as atividades para assinalar o 25 de abril, dia mundial do paludismo, o diretor do programa são-tomense de luta contra o paludismo defendeu as experiências "e lições aprendidas com os progressos na implementação do controlo do paludismo no país".

"Harmonizar as estratégias de luta através de planificação criteriosa das atividades são apostas que, concretizando com os esforços e dedicação de todos, contribuirão seguramente para garantir os objetivos do desenvolvimento sustentável e a visão de eliminar o paludismo até 2015 e evitar a sua reintrodução", referiu.

A diretora dos cuidados de saúde, Maria Tomé Palmer lembrou, por seu lado, que "esses resultados encorajadores" que têm sido obtidos na luta contra a malária não podem levar as autoridades sanitárias a "acomodarem-se ou a baixarem os braços".

"Em São Tomé e Príncipe o paludismo é híper endémico, a transmissão faz-se durante todo o ano e com maior incidência entre os meses de novembro a janeiro e de maio a junho", explicou Maria Palmer.

A diretora dos cuidados de saúde sublinha que esses resultados levam as autoridades sanitárias do arquipélago a serem "mais ambiciosas" e "avançar para a sua eliminação e a manter de forma permanente a vigilância para evitar o regresso da doença".

Há duas semanas o ministério da Saúde do arquipélago iniciou mais um ciclo de pulverização domiciliar que vai durar três meses e com uma previsão de proteger pelo menos 20 mil habitações.

Para este 12.º ciclo de pulverização domiciliar foram mobilizados cerca de 100 agentes distribuídos em 20 brigadas. A ação arrancou nas localidades de O que-del-Rei em Água Grande, na capital do país, onde o índice aumentou nos últimos meses, segundo a delegada de saúde da capital, Lieucentina Castelo David.

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