O plano visava a expulsão de uma parte dos 42.000 migrantes de origem eritreia e sudanesa que vivem ilegalmente em Israel.

Os serviços governamentais informaram o Supremo Tribunal de Israel que abandonavam o plano, após a recusa de alguns países terceiros, não especificados, em receber migrantes, de acordo com fontes do Governo.

O Ruanda e o Uganda foram largamente citados como os países com os quais Israel negociou para acolher os migrantes que seriam expulsos.

"Deste modo, a possibilidade de transferir os migrantes para um outro país não é mais relevante", admitiu o representante legal do Governo.

O plano israelita suscitou numerosas críticas, designadamente do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mas também de sobreviventes do Holocausto e de uma parte da sociedade israelita.

O plano do Governo de Benjamin Netanyahu determinava que aos migrantes seria apresentada uma proposta para deixarem Israel, com uma soma de 3.500 dólares (cerca de 2.800 euros), sob pena de serem presos e detidos até que concordassem em sair do país.

No início de abril, Benjamin Netanyahu aceitou anular o programa, assegurando que um programa com a ONU permitirá transferir os migrantes para "países desenvolvidos, como o Canadá, a Alemanha ou a Itália".

Horas depois, o primeiro-ministro renunciou ao acordo com as Nações Unidas, depois da pressão dos elementos da linha dura da coligação governamental.

Os migrantes chegaram a Israel maioritariamente depois de 2007, provenientes do Sinai egípcio, através de uma fronteira que agora está fechada, instalando-se nos bairros pobres de Telavive, a capital económica do país.

JOP // EL

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