Os manifestantes, que participavam numa jornada nacional de mobilização para exigir a demissão do Presidente - colocado esta semana em prisão domiciliária pelo Exército - sentaram-se no chão em sinal de protesto, a cerca de 200 metros do palácio presidencial.

Soldados, com a face camuflada com máscaras, estavam de guarda enquanto helicópteros sobrevoavam a zona.

Paralelamente, milhares de manifestantes dirigiam-se para a residência privada de Robert Mugabe, nos arredores de Harare, constatou outro jornalista da AFP.

Na noite de terça para quarta-feira, o Exército do Zimbabué assumiu o controlo do país apoiando Emmerson Mnangagwa, o vice-Presidente demitido na última semana pelo chefe de Estado na sequência de uma intensa campanha da sua mulher, Grace Mugabe.

Na quinta-feira foram iniciadas negociações entre o Exército e o presidente, que até ao momento não cedeu.

Na sexta-feira, o Exército publicou um comunicado onde afirmava "apoiar plenamente" as manifestações anti-Mugabe marcadas para hoje, com a condição de permanecerem pacíficas.

Hoje de manhã, milhares de pessoas desfilaram, num ambiente eufórico, na capital e nos arredores, saudando a intervenção desta semana dos militares contra o Presidente, que tem 93 anos.

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