"O nosso país continua a registar índices elevados de sinistralidade rodoviária, causando mortes e destruição de bens", refere a informação anual da PGR moçambicana relativa às atividades de 2016, que revela dados do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INTT).

No último ano, 1379 pessoas morreram nas estradas de Moçambique, menos 13% que as 1592 registadas no ano 2015 - sendo que já nesse ano o número tinha caído 24% em relação a 2014.

O número total de acidentes de viação em 2016 também diminuiu: houve uma redução de 22,3% em relação a 2015 (de 2511 acidentes para 1951).

Ainda assim, são números considerados "elevados", sublinha a PGR, que analisou a sinistralidade no âmbito dos "homicídios e ofensas corporais involuntárias" que constam do relatório anual das atividades daquele órgão.

"No universo dos acidentes, destacaram-se os atropelamentos, com 952 casos registados", refere o documento.

O excesso de velocidade e a prática de manobras perigosas estão entre as principais causas de sinistralidade, tal como noutras partes do mundo.

No entanto, a lista inclui ainda riscos associados a diversas situações características do quotidiano do país.

O comércio informal praticado na berma das estradas também propícia acidentes, assim como o "deficiente estado técnico dos veículos" e o "aumento do parque automóvel, sem o acompanhamento infraestrutural adequado", refere o relatório.

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