"Foi unânime também nesta comissão politica a não presença dos deputados da bancada do MLSTP-PSD na tomada de posse do novo presidente da república", diz o comunicado.

A investidura de Evaristo de Carvalho acontece no próximo dia 03 de setembro e vai decorrer pela primeira vez numa praça pública.

De acordo com o programa a que a Lusa teve acesso, o ato será precedido de uma sessão solene da Assembleia Nacional (parlamento são-tomense) na Praça da Independência, seguido de leitura da Ata de Apuramento da Eleição e leitura do Auto de Posse.

Seguir-se-á o discurso do presidente da Assembleia Nacional e uma mensagem do Presidente.

A ausência dos deputados do MLSTP-PSD, maior partido da oposição, é justificada no comunicado com as irregularidades nas eleições e agravadas com a reprodução de um texto do semanário "O Parvo".

No comunicado, assinado pelo secretário-geral do MLSTP-PSD Arlindo Barbosa, o partido pede igualmente as "demissões imediatas" do ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Afonso Varela e titular da comunicação social, bem como do diretor da Televisão são-tomense (TVS), João Ramos.

Os dois pedidos de demissão surgem depois da televisão pública são-tomense ter reproduzido um texto publicado no jornal "O Parvo" intitulado "Em São Tomé e Príncipe cai o poder dos colonos negros".

Para o MLSTP esse texto põe em causa o dia da independência nacional e "expressa a desconsideração e o desprezo pelos esforços consentidos pelos nobres filhos desta terra que com o suor e sangue lutaram pela liberdade do povo são-tomense do jugo colonial".

"A nossa indignação é tanto maior quando a reprodução da notícia é feita pela nossa televisão pública, cuja linha editorial se deve pautar pela isenção, transparência e verdade, pela promoção da coesão e orgulho nacional e nunca pela divulgação de conteúdos que promovam o ódio, a divisão e a exclusão entre os são-tomenses", diz o comunicado dos sociais-democratas.

Para o MLSTP-PSD "este episódio não é um ato isolado, mas faz parte de um plano orquestrado pelo poder do Ação Democrática Independente (ADI), no sentido de reduzir gradualmente as liberdades e garantias individuais e pôr em causa o regime democrático vigente no país".

MYB // JMR

Lusa/fim

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