Nas últimas semanas, ganharam peso, pelo e as manchas pretas nas zonas dos olhos, orelhas, membros e ombros que os caraterizam, tendo ambos saído de incubadora. Pesados esta manhã, o mais velho, que nasceu com 135 gramas, tem agora 1.010 gramas, e o 'mais novo' -- considerado 'ultraleve' por ter nascido com apenas 53,8 gramas --, pesa agora 14 vezes mais do que o seu peso inicial, tendo 753,6 gramas.

As duas crias, ambas do sexo masculino, foram batizadas, uma semana depois de virem ao mundo, de Tai Pou e Sio Pou -- nomes dados comummente a crianças e que significam, respetivamente, "grande bebé" ou "grande tesouro" e "pequeno bebé" ou "pequeno tesouro", de acordo com o jornal The Macau Post Daily.

Hoje, além dos nomes em chinês, apareceram identificados nas mãos das tratadoras que os seguravam ao colo com a designação de 'irmão' e 'mano' em português.

Esta foi a primeira pose das crias para as crianças da creche de uma associação local e para a imprensa. Mas as visitas do público ainda vão demorar, não devendo acontecer antes do final do ano ou início do próximo.

"As crias são ainda muito sensíveis a qualquer mudança de ambiente e temperatura, por isso, para colocar a sua saúde em primeiro lugar e tomando como referência as práticas de outras regiões, serão precisos cerca de seis meses para que os pandas gémeos possam ser vistos pelo público. A data concreta da primeira aparição pública das crias será decidida consoante o seu estado de saúde", informou o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, numa resposta enviada à Lusa.

A mãe dos panda-gémeos -- Xin-Xin em mandarim ou Sam Sam em cantonês --, também continua longe da vista dos visitantes. Ocupada a amamentar as crias, Xin-Xin dá de mamar aos bebés individualmente, com intervalos de seis a oito horas, em sessões que duram entre 15 a 20 minutos, disseram hoje no local um veterinário e um dos tratadores.

Já o pai Kai Kai (ou Hoi Hoi) recebe visitas desde que o espaço reabriu ao público a 12 de julho. Hoje foi o primeiro a regalar os olhos da criançada enquanto descansava, corpo preguiçosamente estendido entre a vegetação, no habitat recriado no Pavilhão do Panda Gigante, que é a casa do casal desde maio de 2015.

Mas foi no berçário que o grupo de crianças em idade pré-escolar se colou ao vidro. Desejaram bom dia aos pandas bebés, acenaram, sorriram e cantaram parabéns em chinês e inglês, sob os flashes das câmaras que registavam o primeiro mês de vida das crias.

O Pavilhão do Panda Gigante, no parque de Seac Pai Van, é um complexo envidraçado, dois jardins interiores com 330 metros quadrados e um jardim exterior de 600 metros quadrados com baloiços, canais de água e vegetação.

Desde a sua abertura em 2011, o pavilhão já recebeu mais de 800.000 visitantes, cerca de 260.000 no primeiro ano de funcionamento e uma média anual de 100.000 nos seguintes.

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