Em conferência de imprensa, em Nova Iorque, sobre o balanço da sua visita de mais de uma semana aos EUA, Nyusi declarou que assegurou às várias entidades internacionais com quem se reuniu que o Governo moçambicano está empenhado na restauração da estabilidade política e militar e na promoção da transparência sobre a situação económica e financeira do país.

"Recebemos a vários níveis encorajamento para seguir com os esforços visando o restabelecimento da paz efetiva e a garantia de uma maior transparência nos procedimentos ligados à atividade económica em Moçambique", afirmou o chefe de Estado moçambicano.

Filipe Nyusi referiu-se à sua participação na Assembleia-Geral das Nações Unidas, destacando que partilhou com os seus homólogos a visão sobre a implementação dos 17 Objetivos do Desenvolvimento do Milénio.

Na visita aos EUA, além de participar na Assembleia-Geral da Nações Unidas, Filipe Nyusi encontrou-se com o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, de quem recebeu um convite para visitar Portugal, com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, bem como homens de negócios.

Moçambique atravessa uma crise económica e financeira, provocada pela queda do preço das matérias-primas e dos investimentos, calamidades naturais, derrapagem da moeda nacional, subida galopante da inflação e aumento exponencial da dívida pública.

Em paralelo com a crise económica e financeira, o país é igualmente assolado por violência militar, com confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e o braço armado da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, na sequência da recusa do movimento de aceitar os resultados das eleições gerais de 2014.

PMA // APN

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