"Neste momento a greve mantém-se. Com exceção da província de Benguela, que temos informação que desta vez não aderiu à greve, as restantes continuam em greve", disse Manuel de Vitória Pereira.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente do Sinprof, esclareceu igualmente que apesar do Ministério da Educação de Angola ter criado "um cronograma de ações onde consta a revisão do estatuto especial da carreira e a viabilidade dos subsídios", a paralisação das aulas prossegue na sexta-feira.

Os professores decidiram a partir das primeiras horas desta terça-feira paralisar com as aulas em Angola, na sua segunda fase de greve, depois de já o terem feito nos dias 05, 06 e 07 de abril, reivindicando dentre outras questões melhores condições de trabalho e reajuste do seu salário.

O Sinprof diz aguardar desde 2013 por respostas do Ministério da Educação e das direções provinciais de Educação ao caderno reivindicativo, nomeadamente sobre o aumento do salário, a promoção de categoria e a redução da carga horária, mas "nem sequer 10% das reclamações foram atendidas".

O ano letivo de 2017 em Angola arrancou oficialmente a 01 de fevereiro, com quase 10 milhões de alunos nos vários níveis de ensino, decorrendo as aulas até 15 de dezembro.

O Governo angolano já veio a público solicitar "ponderação à classe docente do país", admitindo não haver "condições imediatas", para satisfazer todas as reivindicações dos professores.

DYAS // EL

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