De acordo com dados provisórios publicados no portal da Direção dos Serviços de Finanças, a Administração de Macau arrecadou no final do ano passado receitas de 102.412 milhões de patacas (11.853 milhões de euros).

Os impostos diretos sobre o jogo -- 35% sobre as receitas brutas dos casinos -- foram de 79.482 milhões de patacas (9.195 milhões de euros), uma diminuição de 5,9% face a 2015.

A importância do jogo reflete-se no peso que o imposto detém no orçamento: 77,6% nas receitas totais, 78,4% nas correntes e 89,8% nas derivadas dos impostos diretos.

Ao contrário da receita -- onde todos os componentes registaram descidas em termos anuais homólogos -- a rubrica da despesa registou aumentos.

A despesa global subiu 0,3% face a 2015, para 80.730 milhões de patacas (9.336 milhões de euros).

No âmbito do PIDDA (Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração) foram gastos 8.519 milhões de patacas (985,2 milhões de euros), menos 4,8% que em 2015.

Entre receitas e despesas, a Administração de Macau acumulou um saldo positivo de 21.681 milhões de patacas (2.509 milhões de euros) em 2016, isto apesar de a 'almofada' financeira ter emagrecido 26% face ao ano anterior.

Os casinos de Macau fecharam 2016 com receitas de 223.210 milhões de patacas (26.565 milhões de euros), uma queda de 3,3% face ao cômputo do ano anterior.

Em fevereiro, os casinos tiveram receitas de 22.991 milhões de patacas (2.724 milhões de euros), um aumento de 17,8% face ao período homólogo de 2016. Esta foi a maior subida desde fevereiro de 2014, segundo os dados da Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos.

A economia de Macau contraiu-se em 2016 pelo terceiro ano consecutivo, com o Produto Interno Bruto (PIB) a cair 2,1% em termos reais, apesar da recuperação da indústria do jogo.

No entanto, agência de notação financeira Fitch prevê que o PIB cresça 2,5% em termos reais este ano, apoiado pelo crescimento das receitas do jogo, depois da contração de 2,1% em 2016.

ISG (DM/FV) // FPA

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