"Pedimos transparência completa e respeito pelo processo nestes casos, que deveria permitir a libertação das pessoas envolvidas", defendeu hoje a delegação da UE na China.

O 'grupo dos 28' refere-se à insólita operação levada a cabo pelas autoridades chinesas em julho passado, que resultou na detenção simultânea de 319 advogados e funcionários e membros das suas famílias.

Entre estes, 25 continuam detidos pelas autoridades, segundo dados recentes da China Human Rights Lawyers Concern Group (CHRLCG), que tem sede em Hong Kong.

A UE enalteceu as últimas libertações - o advogado Zhang Kai e uma assistente legal Gao Yue - mas diz estar preocupada com as ameaças sofridas pelos advogados que os representaram.

A delegação denúncia também a situação de pessoas próximas aos detidos, que se encontram proibidas de sair do país, ou familiares que foram intimidados para que deixassem de os defender.

Entre os detidos consta Wang Yu, conhecida como "defensora dos desfavorecidos" e a quem, segundo várias organizações não-governamentais, é o principal objetivo desta campanha.

A UE urgiu a China a cumprir com as suas obrigações internacionais de respeitar os direitos humanos e com a sua promessa de se reger pelo primado da Lei.

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