"Nos últimos três meses, o povo da Venezuela vive diariamente com a violência e a repressão que já causaram demasiadas mortes", diz um comunicado de imprensa que salienta que os eventos de terça-feira demonstram que se avançou neste campo.

"A UE espera que as autoridades e os agentes políticos evitem iniciativas que dividam ainda mais o país e fomentem os confrontos, respeitem a Constituição e os seus princípios democráticos, o primado da lei, os direitos humanos e as liberdades fundamentais", lê-se no comunicado.

O Governo da Venezuela afirmou que foram disparados 15 tiros contra o Ministério do Interior e lançadas quatro granadas contra o Supremo Tribunal durante um ataque, na terça-feira, a partir de um helicóptero tomado por um polícia.

Não foram registados feridos na sequência do incidente, descrito como um "ataque terrorista" pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

O ministro da Comunicação e Informação, Ernesto Villegas, explicou que o helicóptero foi furtado da base militar de La Carlota, em Caracas, por um inspetor adstrito à divisão de transporte aéreo da polícia científica (CICPC), identificado como Óscar Pérez.

No discurso, transmitido obrigatoriamente pela rádio e televisão, Ernesto Villegas afirmou que a aeronave sobrevoou a sede do Ministério do Interior, no centro da capital, e "efetuou cerca de 15 disparos contra o edifício", enquanto no terraço decorria uma receção com aproximadamente 80 pessoas.

O aparelho seguiu depois para o Supremo Tribunal, "onde foram efetuados disparos e lançadas pelo menos quatro granadas, de origem colombiana e fabrico israelita, das quais uma não explodiu e foi recolhida", disse o mesmo responsável.

Para o Governo, estes são ataques de cariz terrorista, "enquadrados na ofensiva de insurreição conduzida por facções extremistas da direita venezuelana com o apoio de governos e poderes estrangeiros".

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